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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Só quero escrever, como quem fala muito quando esta inquieto.Fale-se qualquer coisa.Qualquer coisa em detrimento do corpo.Na minha cabeça existe na verdade uma biblioteca colorida de frases.Umas prontas, outras roubadas, outras amplificadas, outras distorcidas e umas inventadas.
Saber jogar xadrez muito bem deve ser uma aflição.Prever 2,4,5,7 jogadas.E tendo que contar com a matemática das possibilidades, mas no fundo sempre querendo esperar o erro humano.

A parte do corpo que alimenta a alma, alimente de fora para dentro e de dentro para fora.É dai que as canções surgem, poemas e contos também.E por ai que alimenta-se deles.É muito voluptuoso.Mas como mágica não é um mecanismo mecânico.Uma maquina que abre latas, não pode enlatar.Os caminhos são outros para as mesmas coisas.Ta dando pra entender?

Se eu esperar o erro humano, eu perco o centro da lucidez.Mesmo o erro humano sendo tão comum.Mas tudo acontece em confluência das horas.Eu escrevo sem fumar.Em detrimento da minha saúde escrevo.Fumar não importa, mas prefiro não.Escrevo assim por que esse minha parte está cheia de uma canção, e quando minha cabeça se inquieta a se expor,compor, ela só caminha para compor essa canção, que não é minha.Isso acontece por que não posso encher essa parte que está cheia dessa outra.Essa parte se enche e esvazia-se.O desejo é o ponto chave.Somos todos poli-tonais, ou mesmo atonais.Anti-desejo.Não posso não me segurar nas previsões matemáticas.Se tenho certezas tão certas quanto minhas, morro louco.Não por estar louco, mas por me enquadrar nesse perfil.Falo e não digo nada, por que são poucas as pessoas que ouvem o que eu digo e não o que eu falo.Fico quieto.Me acumulo.Queria gritar,se sabes-se bem por que.Não é questão de gritar, por que gritar não resolve nem alivia nada.Não deve ter nada para aliviar então.Viver é tão curioso, meus anseios obsessivos que são tão inúteis quanto gritar, por que o tempo vai passando e deixando o que se tem que deixar.E olha que coisa, era exatamente como eu imaginei.Na verdade não imaginava que o que eu imaginava pudesse ocorrer assim.Mas parece até que é alguma coisa, não estou falando de nada especifico.Há um espaço impreenchivel, e eu sou o que eu carrego em mim.

O ser humano é movido pelo que sente, e só.Não há sentido sem isso.Quando o que se sente se vai, se muda, se permanece, é o que da sentido a vida.Mas como por um mínimo de ordem nisso?Esteja sóbrio, e são.E como disse, somos além de poli-tonais somos poli-fonicos.Como uma peça para 4 orquestras.Sim isso existe.Cada uma acontecendo no seu tom ritmo e linguagem,simultaneamente.

Era necessário recrear as forças dos meus dedos.Será que as sutis citações ainda são um detalhe a se saborear?Nesse momento só tem eu e voce, quem lê.Mesmo se 10000000 de pessoas lessem ainda sim seriamos só eu e voce, quem lê.Estou mentindo e omitindo o tempo todo, but who cares?Não é questão de importância, mas erra por ai, deve ter algum significado.

Hoje eu sei que meu coração é exatamente como sempre achei que ele fosse, e isso é reconfortante.Tem um sabor de uma certeza, mesmo não se tendo certeza de nada.Acho que estou naquele momento em que é uma nota que se repete enquanto a harmonia muda.Essa estática da o movimento ao mundo.Ainda não é tempo, se é que o tempo é.

Acho que haveria mais entendimento deste texto, se se importassem com a quantidade de palavras, pontos, parágrafos, erros esquecidos, as cores das letras (para quem como eu as vejo.).Por que sinceramente não sei se estou dizendo algo,devo estar só falando *(escrevendo).Nessas horas que devemos dizer mais coisas, eu imagino.Mas eu mesmo não sei o que é.Mas faço com o amor de sempre.

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